segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O olhar de Jesus


"Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" Mateus 9: 36.

Jesus disse que os olhos são a lâmpada do corpo (Mt. 6: 22), por eles podemos passar informações a respeito de nós, revelarmos as nossas intenções, mas também por eles podemos absorver, entender o que está a nossa volta. Mateus nos diz que o olhar de Jesus não era um mero olhar descompromissado, sem interesse, de alguém que não consegue enxergar além. Mateus nos diz que o olhar de Jesus era um exame, que lhe dava conhecimento a partir do que via. Portanto, todas as conclusões a que Jesus chegava era o resultado de um olhar profundo, daquele que via mais do que qualquer pessoa, via o interior. O verbo ver usado por Mateus vai significar em outros tempos verbais "sei por que vi".

Diante de um olhar tão profundo todas as coisas ficam patentes, o homem é desnudado diante de sua face. Aflição, cansaço e desorientação despertam em Jesus um sentimento de compaixão (que significa sentir a mesma coisa). Jesus sentia a dor daquele povo porque via além do exterior. Muitos conseguem enganar os que lhes cercam, ao passar uma imagem falsa a respeito dos seus verdadeiros sentimentos. Quantos há que aparentemente estão tão felizes, satisfeitos, animados, decididos, firmes num determinado propósito, mas que "por dentro" estão infelizes, frustrados, desanimados, indecisos, incertos etc? Só Jesus pode nos ver como realmente somos, por isso só ele pode sentir uma verdadeira compaixão, baseada em informações sólidas e verdadeiras, só ele pode nos socorrer. Ele nos oferece paz, descanso e orientação.

Assim como Jesus está disposto a nos ver e nos ajudar, assim também é necessário que nós o olhemos diferentemente. Davi disse no Salmo 34: 5 "Contemplai-o e sereis iluminados, e os vossos rostos jamais sofrerão vexame". Que tipo de olhar você tm tido a respeito de Jesus? Um olhar de dó? Um olhar de admiração? Um olhar de felicitação? Ou um olhar de alguém que diz: tem misericórdia de mim, pois sou o mais vil de todos os pecadores, estou afundando! Se não vemos Jesus como nosso Salvador e Senhor, jamais encontraremos nele paz, descanso e orientação.

No evangelho de Mateus, capítulo 14, versículos 22 em diante, Pedro experimentou algo extraordinário: olhando pra Jesus com confiança andou sobre as águas sob a Palavra de Jesus. Contudo, num determinado momento, Pedro começa a olhar a sua volta. Um simples olhar, diferente do de Jesus, um olhar que só vê a superficialidade das coisas, um olhar sem confiança, Pedro começa a submergir. Creio que há muitos nesse momento que estão com os olhos desviados de Jesus, reparando o mundo, sendo que a atração pelo mundo os tem feito afundar num mar de ilusões. Desorientados sem perceber, o cansaço dá lugar à aflição e aí percebe-se quanto tempo foi perdido na busca por prazeres que só levam à destruição. Espero que ainda possa, como o filho pródigo, voltar aos braços de Jesus e ser restaurado pelo olhar compassivo do Senhor que tanto quer nos guiar pelas veredas da justiça por amor de
seu nome.

por Emerson Rocha

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nosso destino


Uma das coisas mais estúpidas que já acreditei em termos de religião foi que a composição da população do céu podia ser mensurada pelo número de pessoas que dissessem sim a um apelo de conversão a Jesus Cristo feito nas bases da tradição do cristianismo protestante evangélico anglo-americano. Traduzindo: se você acredita que irão para o céu somente as pessoas que aceitam a Jesus como salvador depois de ouvir o evangelho pregado a partir da cultura anglo-americana, então você está em apuros: o seu céu é pequeno demais; o seu Deus é pequeno demais; o seu Cristo é pequeno demais; o seu evangelho é pequeno demais; o seu Espírito Santo é pequeno demais; o seu universo de comunhão é pequeno demais; seu projeto existencial é pequeno demais; sua peregrinação espiritual é pequena demais.

É urgente que se articule uma outra maneira de convocar pessoas para que se coloquem a caminho do céu. Uma convocação que considere que “nem todo o que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está nos céus” – palavras de Jesus. Uma convocação que re-signifique o conceito de céu, que deve deixar de ser um lugar geográfico em outro mundo para onde se vai após a morte, para significar uma dimensão de relacionamento com o Deus Eterno para a experiência contínua do processo de humanização: estar em Cristo, ser como Cristo, ser Cristo. Com isso quero dizer que o convite para aceitar Jesus como salvador como credencial para ir para o céu não é a melhor convocação. A melhor convocação é um chamado para se tornar uma outra pessoa. A peregrinação espiritual cristã não é uma migração de um lugar para outro, mas de um estado de ser para outro. Nosso destino não é o céu. Nosso destino é Cristo. E tenho certeza de que muita gente vai chegar lá mesmo sem nunca ter ouvido o plano de salvação desenvolvido pelos teólogos sistemáticos anglo-americanos.

Ed René Kivitz

sábado, 15 de agosto de 2009

Prostrado!






Prostrado te adoro
Lembrando de tudo o que fizeste
Dos cravos da cruz, dos espinhos
Prostrado te adoro, Jesus

Prostrado te adoro, oh Cristo, Não só pelo que fazes, mas por seu grande amor revelado a mim Prostrado te adoro, Jesus... Sei que os teus olhos podem me ver mesmo quando eu estou num abismo profundo. Tua forte mão vem me resgatar e a alma transformar.



Prostrado me alegro, prostrado eu choro
Prostrado te adoro, Jesus

Pelas manhãs te buscarei, A cada dia em todo meu viver. Quero servir-te o melhor! E mesmo que as lutas venham, Socorro, eu encontro, em ti!

Não estou só, não ando só, não vivo eu...
...É o Senhor que vive em mim
!